quinta-feira, 30 de junho de 2016

'' Poço de saudades''.




" [...] Sou um poço de saudades". Li esses dias um texto e nele continha essa frase que me definiu tão bem. Acredito que haja nela mais do que um tom de alegria, amadurecimento e confiança em relação ao que se viveu e ao que se vive, ao carinho pelos amores passados, à aceitação, embora doía, mas precisa de ter tido que dar adeus ao que não cabia mais em nós e em nossos sonhos. Creio que nela também caiba as dores que ainda não cicatrizaram, as saudades (sem sentido) de pessoas que nos fizeram tão mal, as lembranças do que ja deveria ter sido esquecido. Eu sou tudo que vivo e que vivi, tudo que guardo e que jogo fora. Eu sou as minhas escolhas e também as minhas renúncias. Descobri, com o passar dos anos, que nem todo passado deve permanecer conosco; nem todos os amores cabem dentro de nós. É preciso selecionar e jogar fora algumas coisas e pessoas que não valem mais o espaço que ocupam, desapegar do que já não nos serve a alma e carregar somente o que reveste e renova o nosso espírito. Todos os dias.

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