segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Trabalho.



Todos podem trabalhar em alguma coisa que seja sua, para se tornar ou transformar em outra coisa. Pra você, pra alguém, ou pra sociedade. Garotas por exemplo, podem fazer academia para facilmente serem taxadas de gostosas. Isso é tão fácil. E podem facilmente ser taxadas sim. Basta possuírem os atributos que essa palavra representa. Mas penso eu, como trabalharemos nossa alma? Nossa mente? Será mesmo que a dicotomia alma e corpo é trabalhada na mesma intensidade? Na mesma importância? Ou a importância deslocou-se de lugar e tomou conta dos corpos, tornando a mente somente um lugar preenchido com ideias vazias e pensamentos voltados para a estética que nós representamos para o mundo? Profundidade virou assunto mundano quando se fala em facilidades sexuais e despedidas tão pouco calorosas. Sabe, é engraçado, como a única coisa que nos torna raros no mundo - nós mesmos- menosprezamos o seu real sentido para nos concentramos em coisas que nos tornam cada vez mais comuns - as aparências -.  Não trabalhamos o nosso 'estar no mundo'. Parece que apenas estamos. Vivendo não. Existindo. Como trabalharemos a nossa subjetividade em um mundo que está em constante mudança, de princípios e prioridades, e onde passamos a depender mais da tecnologia para satisfazer nossos desejos pessoais do que de estar na própria presença humana? Temos que nos libertar. Mas como? No real sentido da palavra? Se nem ao menos sabemos o que ela significa? Ando lendo esses dias e achei um trecho de um filme - O grande Ditador - que se enquadra bem nesse pensamento - '' Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos pouco.  Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mas do que inteligência, precisamos de afeição e doçura.'' 

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