Em mim ficou a lembrança dos teus devaneios. Dos nossos encontros e desencontros. Memórias suas que me afagam o peito. Voam sem direção e voltam sem avisar. E ficam importunando. Até que chega o momento em que eu não mais reluto. Eu me entrego a contemplação quase que perfeita do teu ser. Do que você foi pra mim. Do que fomos. Do que talvez ainda sejamos. Permaneci fiel á tua memória. Desviei um pouco dos teus passos. Por alguns instantes eu me perdi em outros. Mas por alguma sorte ou talvez destino, voltei quase que de imediato, á você. E aqui estou: Uma eterna alma vagando em busca de um novo você. Mesmo que fugaz. Mesmo que reinventado. Eu me refaço toda vez que lembro do que fui. Eu me refaço a cada vez que você me vêm. Mesmo que por um breve momento. Um simples devaneio seu. Eu me refaço.
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