terça-feira, 6 de março de 2012

Delírio.



Meu corpo inteiro dói, parece incrível a maneira como a sensação de vazio se manifesta e contagia tão rapidamente. Meu coração está quebrado, não de sentir, mais pelo falta disso. Ele me pede sossego, arrego, silêncio, mais ao mesmo tempo pede presença, som, luz. No entanto, é estranho exigir tanto do que nunca se teve, de verdade. Ele pede desesperadamente algum sentimento, emoção. Alguma extravagância, loucura, delírio. Ele está cansado de abafar o que sente, de fingir não saber. É como uma penumbra, triste e cinzenta. Ele só quer desejar, sonhar, palpitar. Intensidade. Minha mente está esgotada.  Meus olhos estão cansados de olhar para longe, para o distante, ele deveria estar olhando para algo fixo, alguém concreto. Lágrimas. Chuva. Abraço. Solidão acompanhada de saudade. Do que nunca tive. Ou do que nunca fui. Não sei. Talvez eu só quisesse ser alguém para alguém. Ou, eu só precisasse mesmo de um abraço e um chocolate... No minuto seguinte, entrei em uma súbita melancolia. E não voltei.

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