sábado, 18 de abril de 2015

Relógio.




Tem dias em que é preciso permitir-se ser livre das cobranças internas. Dias em que você precisa libertar-se do relógio  biológico - diário- que te governa e te limita. Que diminui as possibilidades do ser e amplia a robotização da alma. Que te faz seguir os dias apenas com a promessa(pouco tentadora) de que amanhã será a mesma coisa. E os dias vão seguindo quase que igual a uma folha que, inevitavelmente, é arrastada com o passar das estações: Sem vida e escolha. Às vezes, é preciso voar para outros lugares desconhecidos, experimentar ouvir o relógio emocional e se deixar guiar por ele sem medo. É ele quem nos oferece um sentido para a vida que levamos e as pessoas que escolhemos manter conosco. Ele nos traz esperança, nos liberta e nos oferece conforto quando mais precisamos.  Esse tipo de relógio nunca morre. Apenas adormece. 

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