domingo, 13 de abril de 2014

Daquilo que não foi.



É difícil saber do que se gostava mais: Da sensação ou da coisa propriamente dita. Quando só o que resta é saudade, você tenta se agarrar áquilo que sentia. Saber á quem se remete essa saudade. Porque entender o sentido, é mais fácil para lidar com a dor do que já não se tem, do que admitir que a falta continua ali. Guardadinha. Mesmo que adormecendo aos poucos. Seja ela pro que for. Saudade é aquilo que fica do que não ficou. Do corpo que não se faz mais tão presente. Da alma que passou a ser tão ausente. Puramente daquilo que deixou de ser e que um dia, você acreditou piamente que poderia ter sido. Daquilo que não findou. Do que não permaneceu. Do que nos escapou. E ainda assim, permanece em nós. É algo tão íntimo que transcende esse mundo carente de alma e exacerbado de corpo. Uma ausência que se faz presente, quando a presença deixou de ser meramente fundamental para se estar verdadeiramente acompanhado. 

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